O câmbio muda, mas a reflexão permanece
No fim de 2024, quando o dólar encostou em R$ 6,30, a pergunta era unânime: “Será que eu devo investir lá fora?”
Hoje, com a moeda americana em torno de R$ 5,35, essa preocupação parece ter desaparecido. Mas talvez seja justamente agora, quando o tema perdeu o calor do momento, que deveríamos parar para pensar com mais calma sobre o papel dos investimentos internacionais e da proteção cambial dentro das nossas carteiras.
Câmbio: risco ou proteção?
Muitos olham para o câmbio apenas como fonte de volatilidade — algo que pode “bagunçar” o retorno dos investimentos. E, de fato, investir em outra moeda adiciona variação no curto prazo.
Mas o que poucos percebem é que essa mesma exposição pode funcionar como proteção.
Pense: a maior parte do nosso patrimônio está concentrada em reais — nossa renda, nossos imóveis, nossas aplicações financeiras. Quando o real se desvaloriza, tudo o que temos em moeda local perde poder de compra em termos globais.
Nesse contexto, investir em ativos internacionais não é apenas uma busca por retorno; é uma forma de preservar valor e diversificar sua carteira de investimentos.
Não existe certo ou errado — existe equilíbrio
Em investimentos, não há respostas únicas. A exposição internacional ideal depende do perfil do investidor, dos objetivos financeiros e do horizonte de tempo.
O ponto essencial é entender que é possível equilibrar exposição internacional e proteção cambial. Você não precisa escolher entre estar totalmente “descoberto” ou totalmente “protegido”. Pode — e deve — calibrar o quanto quer se expor à variação da moeda estrangeira através de ETFs como SPXI11, TECK11 e BITI11.
Do “ou” ao “e”: uma nova forma de pensar
Até pouco tempo atrás, investir em estratégias internacionais significava necessariamente conviver com a exposição cambial. Agora, com o avanço do mercado local, é possível acessar estratégias globais com proteção cambial embutida.
Um exemplo na parte da renda variável internacional é o ETF SPXR11: o ETF combina contratos futuros do S&P 500 com títulos públicos federais indexados à Selic (as chamadas LFTs), o que neutraliza a oscilação do câmbio e ainda captura o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, hoje em torno de 11% ao ano.
Por outro lado, pensando na renda fixa global, o ETF T10R11 também segue essa lógica: ele combina contrato futuros de Treasury de 10 anos (títulos soberanos do governo americano) com as LFTs, tendo como resultado uma taxa hoje acima de 14,50%aa.
Imagine por exemplo ter a exposição internacional estruturada da seguinte forma: 60% com a exposição cambial e 40% atrelada a renda fixa local conforme simulação abaixo:

A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros
Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador, pelo gestor, por qualquer mecanismo de seguro ou pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC
Para mais informações, acesse o site: https://www.itnow.com.br/simulador-de-investimentos/
Com isso, o investidor participa do potencial de crescimento de empresas globais e das vantagens do seguro que a renda fixa internacional tende a proporcionar principalmente em momentos de maior volatilidade, sem depender da direção do dólar — e ainda mantém o rendimento da renda fixa doméstica.
O verdadeiro ganho está em construir flexibilidade.
O objetivo não é escolher entre “apostar no dólar” ou “proteger-se dele”, mas ter instrumentos que permitam ajustar a exposição conforme o cenário e os objetivos.
Não é sobre o dólar de hoje, é sobre o futuro da sua carteira
A escolha entre estar exposto ou protegido ao câmbio não tem resposta universal.
O importante é entender o papel de cada componente dentro da sua estratégia de investimento — e evitar decisões reativas baseadas no câmbio do dia.
O investidor que busca equilíbrio não tenta prever o próximo movimento do dólar.
Ele constrói uma carteira que resiste a qualquer cenário, porque está ancorada no que realmente importa: diversificação, proteção e oportunidade.
Acesse o site ITNOW para saber mais sobre os ETFs da Itau Asset: www.itnow.com.br
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